16 de março de 2008

Hortus Clausus

Esta é uma das minhas ocupações preferidas de fim-de-semana e que carinhosamente apelidei de "mexer na terra", afastando assim qualquer possibilidade em ser confundido com um jardineiro encartado. Dá um trabalhão manter as coisas como deve de ser: tratar, podar, regar e limpar; mas é um regalo olhar para resultado. Isto para não o facto de ser uma excelente terapia ocupacional para os dias "mais nublados".

Moro num apartamento mas tenho a sorte dos meus domínios incluírem uma floreira de bom tamanho, o que me dá pano para mangas, ou melhor, terra para me entreter. Aqui tenho um canto com cheiros e ervas aromáticas (salsa, coentros, cebolinho, incenso, limonete, tomilho, rúcula, salvia, orégãos, hortelã e rosmaninho) e o resto do espaço preenchido com espécies mediterrânicas. Inicialmente ainda inclui plantas assim "pró tropical", mas deixei-me disso. Desse tempo sobrou pouco mais que um hibisco e um maracujá (que só deu fruto uma vez).

Honrando a promessa feita à Safira, aqui fica o meu "hortus clausus", onde têm lugar de destaque uma oliveira, um limoeiro, uma tangerineira e uma laranjeira, tudo em vaso. E dão fruto, como se vê! Este ano até fiz a apanha da azeitona, foram para aí uma trinta :)

Mal grado das constantes investidas da maldita cochinila não me dou por vencido e estas árvores envasadas aqui estão para meu orgulho e espanto de algumas pessoas, que olham para os limões, as tangerinas e as azeitona e perguntam... se são verdadeiros? :))

12 de março de 2008

Lazy Calm



Enquanto não reúno o material necessário para fazer o post que prometi à Safira, deixo-me encantar pelo som dos eternos Cocteau Twins e em especial por esta música, que me tem acompanhado esta semana, talvez por me sentir um pouquinho nostálgico com a chegada antecipada da Primavera :) Enfim, estados de espírito, o meu de momento está assim: Lazy Calm, bem de acordo com o título desta melodia.

Se tiverem paciência ouçam e vejam vídeo, é um bom momento de relaxamento e de introspecção.

E cá estou eu de novo de chávena de chá na mão. Sabe tão bem ;)

10 de março de 2008

?
A ARTE DE SER MULHER
É FAZER OS HOMENS ACREDITAR
QUE SÃO ELES QUE MANDAM.
?
Minhas senhoras, façam o favor de se pronunciarem...

9 de março de 2008

19 anos depois



Ontem os "The Cure" actuaram mais uma vez em Portugal. Terá sido um bom concerto que perdi, o que não perdi foi uma noite excelente na boa companhia de alguns amigos, da MCG e da Va Lejos. A MCG fez anos preparou-nos um repasto divino e depois levou-nos para a má vida. Acabámos num bar apinhado de gente, cheio de fumo de tabaco (já não estava habituado) e onde nos perdemos a dançar até às tantas. Por sorte o dj só passou música do "nosso tempo", dos anos 80, onde os "The Cure" não deixaram de marcar presença. Resultado, não fui ao concerto mas dancei à farta, além da música destes senhores também marchou o "Like a Virgin" da Madona!!
Hoje, dia de ressaca, ao ler a notícia atrasada do jornal sobre o espectáculo que iria acontecer no Pavilhão Atlântico, é que dei conta que a primeira vez que estes senhores vieram a Portugal foi no Verão de 1989, ou seja, há praticamente 19 anos. Tratou-se do primeiro concerto de estádio a acontecer entre nós e eu estive lá, só me custa acreditar que foi há tanto tempo. O importante é que ontem, tal como nessa noite de Verão adolescente, dancei e diverti-me muito!

8 de março de 2008

Mulher Mãe - Mulher Amor


Uma nova vida
António Pratas Jacinto (2005-02-11)

Os dias disto ou daquilo são reflexo de uma sociedade egoísta e consumista, pelo menos no meu entender. O dia de hoje, que convencionaram dedicar à mulher, talvez seja dos menos conotados com a febre das compras. Valha-nos isso. Essa já está a ser trabalhada para a efeméride que se segue: o dia do pai; tanto que acabei de receber um mail de uma multinacional com sugestões de ofertas para essa ocasião. Não há pachorra!

A propósito do que hoje se comemora, queria sobretudo deixar aqui o meu tributo à mulher mãe, à mulher amor, onde tudo começa e de quem tudo depende. Uma homenagem com uma dedicatória especial a uma outra mulher que esta semana foi mãe de mais uma cria, a Carlota. Que Deus as abençoe.

2 de março de 2008

Nostalgias de Inverno em tardes de Primavera


Cabo da Roca, 2007

Hoje é um daqueles dias em que me apetecia ter uma casa à beira-mar com um belo alpendre, para ali ficar horas a fio numa cadeira de balouço olhando o vai e vém das ondas, o infinito, o azul e o frio do mar de Inverno. Claro, além de um abraço não podia faltar o conforto de uma camisola de lã grossa e de um boa caneca de chá quente.

24 de fevereiro de 2008

Fascínios

Egeu, Ago. 2005

No último post falei das minhas raízes, do campo, do verde. Sou isso mesmo, terra, mas tenho outro grande fascínio pelo mar e pelo seu imenso azul. Gosto de nadar e de mergulhar, de ficar por lá a apreciar aquela quietude, aquele mundo mágico. Em parte foi um gosto alimentado pelos programas do Jacques Cousteau, mais tarde confirmado quando tive oportunidade de experimentar o mergulho. Simplesmente fascinante!

E quando falo de mar e de mergulho falo também de barcos... Outra "panca". Um dos meus sonhos de viajante, ainda por realizar, é passar um mês completo a navegar pelo Mediterrâneo, com um grupo de amigos, aportando ao saber da maré e dos belíssimos encantos que este mar de história e de cultura nos oferece.

E o nosso país com uma costa destas, com uma tradição marítima ímpar à escala global, que tem a dizer do seu mar, dos estudos oceanográficos, do potencial científico e energético que representa? Nada, não é? Enfim... o costume. Temos o país que temos porque temos o povo que temos, desinteressado, pouco participativo e com muito pouca consciência cívica.

Aqui fica o meu contributo: a publicidade à abertura do site português da Greenpeace e à sua campanha dedicada à defesa dos Oceanos. Leiam, participem e divulguem.

17 de fevereiro de 2008

Raízes



Sempre que lá vou regresso virado do avesso. Aquela terra mexe comigo, tem a ver com a pessoa que eu sou, porque representa a história complicada de quem me deu vida. Não nasci lá, nunca por ali passei dias da minha infância, férias ou o quer que fosse. Não tenho memórias daquele lugar, tenho as dos outros que julgo guardar e reviver, com a paz e a distância que o sossego dos anos já me permitem. Viajei por lá muitas vezes através das histórias bucólicas e por vezes cinzentas que a minha mãe contava, satisfazendo a minha curiosidade de rapazinho em querer saber as razões da sua vida. Enfim, infâncias tristes, laços e nós complicados, marcas que a mim me doem por terem existido e por perceber que ainda existem. Certo é que no início dos meus vinte anos passei com mais atenção por aquele lugar e fiquei atraído por uns campos verdes cercados por um ribeiro, que em tempos pertenceram a meus avós. Tanto fiz que acabaram por ficar minha propriedade. Perguntaram-me e ainda me perguntam para que é que eu quero aquilo? Eu respondo: para meu conforto, para meu sossego, para arrumar um passado que acabou por também ser o meu, e arrumá-lo não debaixo do tapete, mas numa prateleira bem visível com a etiqueta a dizer "bem arquivado".

A ligação a esses prados veio a ser uma espécie de amor à primeira vista, que se sente e não se explica. Só mais tarde percebi a razão dessa química inicial e por ela quero-os para mim, para ser eu o seu guardião, ser eu a cuidar deles. Não quero que se percam no tempo, nem nas mãos de estranhos que desconhecem o seu imenso significado. Preciso deles para perpetuar a memória de quem um dia também acreditou que todo aquele imenso verde valia a pena, de quem dele fez mel, vinho, pão e fruta. Enfim... a memória do meu avó, que cedo morreu, e a memória da minha querida avó Emilinha que por esse motivo nunca mais aceitou o destino. Um destino muito amargo que também veio a ser o de uma criança, o da minha mãe. Por isso aqueles campos são parte da minha história, da minha identidade, sou eu. E em boa hora consegui que ficassem para mim, naltura ainda sem saber a razão que me movia, agora sei, sei muito bem!

É uma certeza reafirmada cada vez que lá vou e nos projectos que vou burilando para eles. Nas ideias que talvez um dia possa vir a concretizar. Quem sabe... Para já sei o suficiente. Sei que os desejo recuperar e manter. Mais, gostaria de poder cumprir aquela que seria a vontade do meu avó quando os comprou, a de os ampliar. Não sei o que o meu destino e a minha rota de viajante têm para mim, mas pressinto há muitos anos que esse caminho passa por aqueles campos e não vou fugir a isso.

Ah! E ao contrário do que alguns dizem "aquilo" não é passado. Aqueles campos lindos e férteis são futuro, e o lugar, ou melhor, a vila, chama-se... Vidago.

16 de fevereiro de 2008

Literalmente à espreita...


Varanda de Santorini (GR), Ago. 2005

9 de fevereiro de 2008

Bons tratos


Hmmm... como ia agora a calhar uma massagem de pedras quentes, num ambiente de incensos, à média luz, com música suave ou apenas ouvindo a água a correr, e sentir o relaxamento profundo que esta massagem oferece. Sou um viajante burguês, confesso, gosto de mimos e de bons tratos. À conta disso ando a namorar uma ida a Marrocos para experimentar os fabulosos hammans.

Os últimos dias foram exigentes, muito trabalho, muita pressão. Por isso não tive muito tempo para me dedicar a este outro ofício, o de viajante. Acabei tarefas que tardava a finalizar, entretanto avizinham-se algumas empreitadas inesperadas, mas que são bem-vindas, e, mesmo sem pedras quentes, tenho dado por mim a sorrir mais do que da conta. Ocorreu-me a imagem de uma lâmpada que lá vai cumprindo a sua função, até ao momento em que alguém resolve tirar a fina camada de pó que vai acumulando, fruto do passar do tempo ou da desatenção, e damos conta que afinal dá mais brilho, mais luz.
.
Estou optimista, sinto-me bem, este novo ano do Rato que agora começou promete, estou mesmo a ver. Já era hora!

5 de fevereiro de 2008

Sorrisos pela manhã


Quinta das Sequóias, Sintra (Jun. 2007)

Por muito que a nossa casa esteja em obras é importante deixarmos as portas abertas. Facilita o andamento dos trabalhos, areja o espaço e sempre nos permite ir acompanhando o que acontece no exterior. De certeza que há um vizinho ou um viajante que se deixa conquistar pela curiosidade e bate à porta. Nesse caso, por que não seguir o costume transmontano de outros tempos e dizer: "Entre! Quem é?"
Olhem que resulta, faz sorrir e bem à alma. Eles sabiam bem o que faziam...

1 de fevereiro de 2008

31 de janeiro de 2008

Afectos ou talvez não


Montra de uma loja de Portobello Road, Jan. 2007, Londres (GB)

Flores, mimos... e abraços. Já reparam como hoje em dia damos, ou melhor, não damos um abraço? Geralmente é um gesto rápido e muito tímido. Mesmo entre parentes e amigos próximos o abraço perdeu terreno para o aperto de mão. E então entre casais, já reparam que a partir de um certo tempo de casamento é raro serem vistos de mãos dadas muito menos a darem um abraço?

Qual a razão para tudo isto? Súbitos ataques de timidez? Ou uma enorme falta de naturalidade na maneira como manifestamos e gerimos os nossos afectos?

Gosto de sorrisos rasgados, cumprimentos convictos e abraços apertados.

29 de janeiro de 2008

Momentos


Flores... Estas são chiques, são de Paris.

Ah, e quando se ama oferecem-se flores. Eu ofereço! E já disse por aí algures que também gosto muito de as receber.
A propósito, muitos parabéns querida Va Lejos, que tenhas muitas flores e "companhia" por essa vida fora.

25 de janeiro de 2008

O que é?



Perguntam-me o que é o Amor...?
Nunca o consegui definir, apenas sentir.

19 de janeiro de 2008

ATONEMENT


Dizia eu que não havia filmes de jeito em cartaz, enganei-me. Fui ver a "Expiação" e confirmo ser um filme de referência, um melodrama inteligente, narrado e filmado de forma sublime, surpreendente mesmo. A cena da fonte é marcante, pena eu não ter conseguido uma imagem de Robbie a acariciar a água onde Cee tinha acabado de mergulhar.

"Expiação" merece todos os elogios e prémios. Para o mercado interno, é mais um exemplo de bom gosto, sensibilidade e de bom senso, tudo aquilo que tem faltado à cinematografia nacional, rendida ao público da TVI, ao vocabulário ordinário (onde "f..." é a palavra mais trabalhada) e à exibição vulgar do corpinho de Soraya Chaves. Para além disto resta-nos o canto do cisne de um cineasta que filma para ele próprio e nós ainda lhe pagamos para isso. Ouvi dizer que o último trabalho é sobre Colombo nascido em Cuba do Alentejo.

15 de janeiro de 2008

Catarse, já!




depois de um mau dia como este o que me apetecia mesmo era mandar tudo àquela parte, enfiar-me na ópera mais próxima, embebedar-me com champagne e dançar toda a noite ao som do Hong Kong Garden. Doidos por doidos ao menos que sejam divertidos.

10 de janeiro de 2008

Programa das festas 2008


Seguindo o princípio de que nem só de trabalho vive o homem, ou não fosse eu um epicurista ferranho, que tal uma boa exposição numa cidade interessante? Querem melhor pretexto para embalar a trouxa e zarpar?

Como já houve quem me falasse em organizar umas escapadelas de fim-de-semana (a Madrid, Londres e às sempre belas cidades italianas...), a Scala Archives fez o favor de ajudar à selecção do(s) destino(s) apresentando um irresistível calendário das principais exposições programadas para este ano de 2008.

Este foi o resultado da minha selecção. Aceitam-se inscrições e outras propostas...

- "Pinturicchio", Galleria Nazionale Umbra, Perugia (IT)
02/02 a 29/06

- "Modigliani and His Time", Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid (ES)
05/02 a 18/05

- "Miró: the Earth", Museo Thyssen-Bornemisza, Madrid (ES)
17/06 a 14/09

- "Renaissance Portraits", National Gallery, Londres (GB)
15/10 a 18/01


5 de janeiro de 2008

Os rostos de um véu pintado


"The Painted Veil" (Somerset Mougham)

Pode ser a história de cada um de nós, apenas com a diferença poética de ter como cenário a sensualidade das paisagens do interior da China. A narrativa gira em torno de dois amantes e da forma como vivem o egoísmo, a paixão, a ira, a provação, a reconciliação e a morte.
Afinal todos temos fases nas nossas vidas em que, de forma mais ou menos metafórica, nos sentimos enfiados numa aldeia isolada do mundo e devastada pela cólera, donde só conseguiremos sair vivos ou mortos pela redenção do perdão e da entrega ao próximo.
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Do argumento do filme destaco esta frase: "Quando o amor e o dever são uma e a mesma coisa vive-se em graça". Será este o segredo?

30 de dezembro de 2007

Obrigado 2007, venha o 2008 !!


Algures no meu mar Egeu, num fim de tarde quente...

Este ano que agora acaba foi de viragem e de reconstrução. Andei em frente e trabalhei muito para que assim fosse, seguindo o sábio conselho para caminhar a olhar para mim e por mim. Sinto-me mais maduro e mais forte para prosseguir a viagem. Haja saúde e venha o 2008.
Como diz a minha querida Bruxinha: "A vida é um espectáculo imperdível". Vamos a isso.

Feliz Ano Novo !

25 de dezembro de 2007

Luz de Natal


Minha casa, hoje ao fim do dia...

Chegámos ao Natal, a mais um Natal. Renova-se o ciclo, renovam-se os votos, obrigamo-nos a reflectir sobre nós e na forma como alimentamos a nossa luz.

Pela segunda vez decidi desligar o telemóvel e olhem que recomendo vivamente. É uma tranquilidade, sem sms's de pacote a disparar a toda a hora e a todo o minuto, sem o barulho das chamadas de ocasião a sobreporem-se ao deleite de uma boa conversa, de uma boa lareira, de uma boa música e de um bom copo de vinho. Com isto procuro sobretudo encontrar luz, mas luz de verdade, aquela que mesmo depois de apagada perdura na memória e nos nossos corações. Para isso precisamos de regressar ao ritmo de outros tempos, que nos dava mais tempo para estar connosco e com os outros. Mas estar de verdade! Garanto-vos que o Natal deixaria de ser apenas o Natal das crianças e passaria a ser o Natal de todos nós. Um Natal cuja Luz se espalharia pelo resto do ano, como seria suposto que acontecesse.
É tempo de devolvermos o sentido às nossas festas e aos nossos rituais de renovação, caso contrário acabemos com isto de vez e inventemos outro motivo para oferecermos presentes e estarmos com quem nos quer bem.

A todos a minha luz de Natal.
Paz e bem!

22 de dezembro de 2007

O reencontro


Igreja de Santa Maria de Trastevere,
Roma (IT), Dez. 2007

Sim, a bicicleta ainda estava lá, com aspecto de que ainda serviria para umas belas passeatas pelas praças e ruas do centro de Roma. Podia ter pegado nela, mas pensei bem e optei por a deixar no sítio. Compreendi então que já não me pertencia, eventualmente teria um novo dono, o filme era outro e eu já não entrava naquela cena. Tinha de fazer o caminho de novo, reencontrar-me com a cidade a pé, como se tratasse da primeira vez. E assim foi.


Encontrei tudo como tinha deixado, a padaria do senhor Luigi, o café da Scrofa e da Pace, a esplanada na Piazza de S. Lourenzo in Lucina, as fontes da Piazza Navona e a minha igreja de Santa Maria de Trastevere. Sim, tudo estava na mesma, com a cara mais ou menos lavada, sem dar a ideia que os anos tinham passado. Eu é que já não era o mesmo, encontrei um Viajante diferente, julgo para melhor. Valeu bem a pena a jornada, reencontrei-me com Roma e comigo mesmo, mas num novo filme.

15 de dezembro de 2007

ROMA


Pantheon, Piazza Rotonda, Roma (IT)

Cumpri uma ausência de três anos. Até foi rápido, de início pensei que custasse mais, mas não. Afinal de contas nunca me afastei completamente. Aliás, não o podia fazer. Roma ficou-me no sangue e na sorte do meu caminho inevitavelmente escrito na língua de Dante. Que remédio? Nada, ir e pensar que mais cedo ou mais tarde a viagem será feita de lá para cá. Os que me conhecem sabem bem que sou um cidadão de várias pátrias e que esta é a minha de eleição.
*
Lembro-me de ter deixado uma bicicleta presa a uma das colunas da Piazza Rotonda, tenho de lá ir buscá-la, de certeza que ainda anda...
*
Arrivederci ragazzi, ci vediamo per Natale !!

20 de novembro de 2007

Resumo assim o dia 17

Bem-me-quer



O sonho foi alcançado, celebrou-se a conquista. Agora o guerreiro vai repousar uma semana para poder voltar a levar os "outros" sonhos por diante.
Mas antes das tréguas impõe-se dizer "Obrigado" a todos os AMIGOS (os de verdade) que estiveram ao meu lado antes, durante e depois; aqueles que disseram "presente" no pico da adrenalina, por entre o caos do fim da guerra e as últimas investidas das bruxas más. A inauguração aconteceu, a cidade rendeu-se e o povo, esse a princípio estranhará depois ESTOU CERTO entranhará.

14 de outubro de 2007

Determinação, Confiança e Conquista


Partida dos voluntários para defender a pátria, em 1792.
Arc de Triomphe, Paris (FR), Mar. 2007

Etapa final. Concentração absoluta, determinação e confiança. Tal como os voluntários de 1792, também luto por valores e por um sonho. O sonho de cumprir, de alcançar, de querer ser mais. O sonho de atingir uma meta por mérito próprio. Amén!
Só é pena que nós portugueses, enquanto povo, não consigamos pensar desta forma e no plural. Esse sim, julgo ser o fado lusitano. O meu não é DE CERTEZA! Quem quiser junte-se à legião e venha daí. Dia 17 de Novembro, às 17 horas.

9 de outubro de 2007

Fé, Esperança e Coragem


S. Marcos, Veneza (IT), 2005

Falta pouco, mas já diz o povo que "o rabo é o mais difícil de esfolar". Coragem, determinação, muita fé em mim e esperança. O azul da fotografia está próximo, muito próximo. Assim seja.

26 de setembro de 2007

E se um homem receber flores?


Esta manhã (PT)

Ao contrário da maioria dos homens que, por vergonha ou medo de alguma coisa, cultivam uma aparente indiferença, eu gosto MUITO de receber flores, mais ainda flores brancas. E quem mais me chegaria a casa com um braçado delas? Claro... Só a mulher que melhor me conhece, a minha mãe!
Este foi um presente que recebi e que gostaria de partilhar com a bruxinha, o avozinho e a avozinha. Um mimo de longe, com muito ânimo na esperança de dias melhores.

10 de setembro de 2007

Caruso


Veneza (IT), Mai. 2005

A melhor, a única, a irrepetível canção de Lucio Dalla

6 de setembro de 2007

Ao amanhecer eu vencerei!


Corriere della Sera (08.09.2007)


Nessun dorma!... Nessun dorma!...
Tu pure, o Principessa,
nella tua fredda stanza
guardi le stelle che tremano
d'amore e di speranza!
Ma il mio mistero
è chiuso in me,
il nome mio nessun saprà!
No, no, sulla tua bocca lo dirò,
quando la luce splenderà!
Ed il mio bacio scoglierà
il silenzio che ti fa mia!

Il nome suo nessun saprà...
E noi dovrem ahimè, morir, morir!...

Dilegua, o notte! Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle! All'alba vincerò!
Vincerò! Vincerò!

Turandot, G. Puccini

5 de setembro de 2007

Um mar de linho branco


Jayanta Shaw/REUTERS
Missionárias da Caridade, a congregação criada por Madre Teresa, vestem-se de linho branco numa oração, em Calcutá, em homenagem à missionária, no dia dos 10 anos da sua morte. "Público, 5 de Setembro, 2007"
Será que a televisão vai passar documentários, séries, entrevistas especiais? Imagino que não. O mais importante foi a luz que ela deu e continua a dar aos nossos corações, tantas vezes cerzidos a fios negros.

29 de agosto de 2007

HELLAS


Azul e Branco, as cores do Egeu e da Grécia (Hellas), Ago. 2005

A Grécia arde, a nossa casa arde também.

27 de agosto de 2007

Mar Mistério Mar Destino


Cabo da Roca (PT), Ago. 2007

O mar provoca em mim um enorme apelo à evasão e à introspecção. De preferência quando o cenário é algo mais que sol e água. Deve ser um qualquer instinto místico que impele este viajante para as ilhas e os litorais deste mundo.
Mais uma vez não fugi à regra, as viagens de Verão têm de ter mar e pôr-do-sol. Este foi simplesmente mágico.

19 de agosto de 2007

Cheguei!


Azóia (Sintra, Ago. 2007)

O tiro foi certeiro, o Convento de São Saturnino é mais um de tantos tesouros que povoam a serra de Sintra. Um lugar onde se respira uma imensa paz e só se ouve o barulho do silêncio. Por lá encontrei bom gosto, discrição, muito sol, um mar de tranquilidade e um burro que teimava em partilhar a minha piscina com vista para o Atlântico. E por que não?


Azóia (Sintra, Ago. 2007)

31 de julho de 2007

Fui!



Estou a fazer a mala para zarpar daqui a nada. O destino é bem perto e ao mesmo tempo suficientemente longe. Espero encontrar o cenário perfeito para uns dias de pura tranquilidade, na companhia da mãe terra e do deus mar. Pelo menos a vista do terraço promete, não?

21 de julho de 2007

Feliz Cumpleaños


Maiorca, Agosto, 2004

Parabéns caro Ed !! Que passes este teu dia com muita "ilusión" e com muita esperança no vosso dia de amanhã e no de Jayme. Um forte abraço desta longínqua Lusitânia Atlântica, saudoso das nossas longas e animadas conversas sobre Caetana, Pantoja e académicos. Enfim, tudo gente estupenda que nos encanta, verdad?
Saudades a Maiorca, quando puderes vai junto do mar e diz a Jaime que eu vivo aí, algures nesse imenso azul.

14 de julho de 2007



Recordarei com um sorriso o fio de ouro que trazias ao peito com a medalha da Rainha Santa, o teu arroz doce, as tardes passadas a ouvir rádio, o teu jeito carinhoso e sedento de amor.

Chegou hoje o teu Outono. Acabou-se a tua solidão. Agora sim, estás em paz.

7 de julho de 2007

Com raça !

Dançar e ver dançar. Ora aí está um dos grandes prazeres da vida. E saber fazê-lo com raça, então melhor ainda. Este tipo sabe como nínguém do que falo. Senhoras e senhores, Joaquín, el Cortés.

28 de junho de 2007

Vivamos a Vida



Gastemos mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando:

"Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"

O medo afasta-nos das derrotas... mas das vitórias também.

Vivamos a Vida !!!

11 de junho de 2007

O Monte da Lua



Voltei de uma viagem por duas vezes adiada, à terceira foi de vez. Estava escrito que era assim que deveria ser. Agora é tempo de arrumar as tralhas, sacudir o pó da viagem e organizar a agenda dos próximos tempos. Foi um fim-de-semana francamente marcante. Estava mesmo a precisar da tranquilidade mágica das Sequóias, de sentir o meu silêncio e ... claro, de regressar ao colo da deusa mãe, ao princípio e ao fim de tudo, por outras palavras, ao Monte da Lua.

Este é o único sítio do meu país com o qual me identifico inteiramente, de uma ponta à outra. Ali sinto-me bem. Porquê? Não consigo explicar. Talvez por ser um lugar romântico, calmo e ao mesmo tempo exuberante. Por ali tudo ser terra e mar, sol e lua, mistério e essência. Ali sinto-me EU, livre e preenchido. Se sempre percebi isso, por que razão não vou lá mais vezes? Não fico lá? Não vivo lá? Relembrando bem a minha história... percebi que vou só quando sou "chamado". Pode parecer estranho, mas é isso mesmo que tem acontecido. Ali cumprem-se rituais, ali só entram os iniciados, ali só ficam os eleitos. Ali é a Delfos atlântica, onde os caminheiros, peregrinos, viajantes, ou chame-se o que se quiser, vão ouvir os oráculos divinos, vão descodificar os sinais das suas vidas.~

Certo é que sem querer dei por mim a fazer o "caminho", pela mata da Pena, seguindo os trilhos só decifrados por alguns em direcção ao templo da Deusa Mãe. A guiar-me tive dois sacerdotes EMIGUS e um imenso mar de pirilampos. Percebi a mensagem, percebi os sinais, percebi a energia. Ali tudo se completa, ali tudo faz sentido. Cumpri o ritual, renovei, cumpri o devir, renasci.

8 de junho de 2007

No dia em que o Avozinho fez anos


O meu bonsai mais velho e mais vivo

Faz uma semana que o Avozinho apagou 60 velas. Um dia muito especial de que eu não quis perder pitada e, claro, lá fui por esses montes acima ver o que se passava. Houve o merecido arraial, muitos comes e bebes, mas mais importante do que tudo isso, vi nos teus olhos emoção de alegria quando recebeste o teu "diploma de vida". E isso deixou-me muito contente. Estás maduro, sim, mas ainda muito vicoso e com os olhos raiados de verde esperança.
Parabéns, Avô!

20 de maio de 2007

Pontes ( II)




Estava a chegar ao limite e a precisar de parar um pouco, de mudar de rota e de cenário. E consegui! Estou exausto, mas surpreendentemente leve, já a pensar na semana de trabalho que aí vem com aquela adrenalina do tipo "venham mais cinco".
A receita foi simples: música, festa, arte, sensibilidade e, neste caso, além de bom senso e bom gosto, muita amizade e muitas pontes iluminadas.

11 de maio de 2007

28 de abril de 2007

~

YESTERDAY
IS HISTORY
TOMORROW
IS MYSTERY
TODAY
IS A GIFT
~
Parabéns para a minha querida Bruxinha, por nunca desistires do caminho, e votos de muitas felicidades para os príncipes da Camposa, que o vosso reino seja sempre azul.

25 de abril de 2007

Silêncio e tanta gente

Mais um aniversário se passou. Formulei para mim mesmo os habituais votos de muita saúde e de um pouco de sorte para poder chegar ao fim de cada viagem e dizer que valeu a pena. Pois isto de navegar é preciso, mas ter portos de chegada também.
Mas este ano dei por mim a formular ainda outro desejo - o silêncio. Entre os telefonemas de parabéns que recebi, raríssimos foram aqueles em que as pessoas mostraram francamente ter alguma coisa para me dizer ou querer dizer. Isto de cumprir calendário "no dia dos aniversários de", para tranquilidade da consciência de cada um ou remissão do pecado da ausência nos restantes 364 dias do ano, tornou-se para mim francamente insuportável. Já não estou com pachorra para este circo. Ser amigo dá trabalho e hoje ninguém está para ter trabalho. Pega-se num telefone, de preferência no horário que seja mais cómodo não ao aniversariante mas ao autor do telefonema, e despeja-se um "então parabéns", logo seguido de um "pronto, então aí deve estar a chover, não?".
Como dizia a Maria Guinot "às vezes é no meio de tanta gente que descubro afinal para onde eu vou". Por isso, decidi que para o ano o telefone estará desligado neste dia, sem direito a mensagem. Pode ser que assim as pessoas se toquem ou desandem de vez. Pode ser que assim se obriguem a parar, a escutar, a olhar, mais que não seja para dentro de si mesmas. Quem quiser que escreva um postal, uma carta ou um e-mail. Talvez assim percam dois minutos a pensar e, quem sabe, a escrever alguma coisa por muito banal que seja, mas que se pareça francamente com amor e amizade.

13 de abril de 2007

O meu hino

Esta manhã fui surpreendido com uma entrevista no RCP ao Paulo de Carvalho, a propósito dos 45 anos da sua carreira. Emocionei-me como sempre me emociono ao ouvir "E depois do Adeus". Uma das minhas músicas de sempre. Aqui fica a homenagem ao homem e ao artísta que, entre tantos e tantos bons poemas, cantou este hino à liberdade e ao amor: o meu hino!

8 de abril de 2007

Páscoa



Nem a interminável fila de trânsito me fez alterar o balanço francamente positivo de uma Páscoa bem passada. Seguindo a linha minimalista que ultimamente tenho aplicado ao discurso, acrescentaria que foi uma Páscoa doce, harmoniosa, calma, familiar e com um toque ecológico de inegável bom gosto. Simplesmente uma Páscoa excelente, que me confortou a alma e o coração.

4 de abril de 2007

Comemorar é sempre preciso

E mais do que preciso, impõe-se, quando a minha mãe completa mais um aniversário com saúde e muita vontade de viver.
Parabéns mãe, sessenta vezes parabéns! Na nossa memória fica a grata recordação de três dias inesquecíveis temperados com ...


... o encanto

... a emoção


... a luz

... a alegria

... e a música


... de Paris!