31 de dezembro de 2008

2 0 0 9 - VAMOS A ELE!!!!

Praia do Almograve © VJ, Ago. 2008

Tudo indica que o ano que se avizinha vem marcado com os ferros da avareza e do mau feitio. Como a vida são dois dias e má onda não é para quem quer mas sim para quem pode, vamos lá receber e viver o tão enjeitado 2009 com uma forte determinação e vontade para fazermos dele o melhor que pudermos e soubermos. Deixo aqui os ingredientes da minha receita "home made".

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SAÚDE
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OPTIMISMO
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C R I A T I V I D A D E
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ALEGRIA
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AMOR
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Tudo de bom para vós, sejam felizes e dancem muito!!!

28 de dezembro de 2008

Natal... a 38-39º


© VJ, Ago. 2008

Ao contrário do que o título possa sugerir, a minha ausência durante estes dias não se deveu a nenhuma viagem ao Brasil ou a África, o que até não seria má ideia... Os trópicos é que vieram ter comigo no dia 22 e só me largaram ontem. Quero com isto dizer que a temperatura do meu Natal caseiro andou pelos 38-39º, animado com muita tosse, muita transpiração, muita dor de tudo e de nada, muito cansaço e ainda com a visita não do Pai Natal, mas de um senhor de bata branca que me pôs a tomar uma série de coisas mal saborosas e nada parecidas com as prometidas rabanadas, aletria, pudim de pão, bolo rei e broinhas doces. Como podem imaginar o espírito natalício se já não era grande coisa andou abaixo dos valores mínimos aconselhados pela União Europeia. Tudo isto à conta da Senhora D. Gripe que não me visitava há dezoito anos e resolveu instalar-se de mala e cuia aqui no palácio logo no início das festas. Como podem imaginar foi um Natal lindo com muita paz e muito amor, na companhia da dita senhora e dos meus fiéis amigos Manta, Termómetro e Rolo de Papel, os únicos que me davam consolo cada vez que olhava para a mesa recheada de tudo o que se come apenas uma vez no ano. Ainda tenho atravessada a suprema humilhação daquele pedaço de cabrito assado do almoço de Natal que acompanhei com chá... Foi o must da saison...

Ao fim de cinco dias e de muitos tabalhos consegui mandar a senhora empatar a vida para outra freguesia e deixar-me gastar com mais dignidade e proveito os últimos cartuchos de 2008.

Um grande obrigado a todos os amigos que passaram por aqui e deixaram o vosso abraço ou que foram sabendo da minha tortura natalícia e lá mandaram um ou outro testemunho solidário de rouquidão, febre ou catarro.
A todos um abraço e votos de BOAS FESTAS!

17 de dezembro de 2008

Ouro, incenso e mirra


Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Coimbra © E. Carrero Santamaría, 2004

O mosteiro de Santa Clara-a-Velha de Coimbra abriu hoje ao público. Iniciaram-se em 1991 os trabalhos de recuperação daquele que ficará para a história como o maior estaleiro de arqueologia medieval europeu das últimas décadas. Tratou-se de uma obra morosa, muito dispendiosa e complexa do ponto de vista técnico e científico, que reuniu uma grande equipe de especialistas de diversas áreas. Após séculos submerso pelas águas do Mondego, o mosteiro encontra-se agora musealizado e oferece, entre outras valências, um belíssimo centro de interpretação que permite ao visitante viajar no tempo e compreender a funcionalidade e a monumentalidade daquele edifício iniciado nos finais do século XIII e construído na sua maior parte durante o século XIV, no reinado de D. Afonso IV. A título de curiosidade sublinho a descoberta do claustro gótico, um dos maiores da Europa do seu tempo, e o numeroso espólio encontrado nas escavações, que dará matéria para muitos trabalhos no futuro.

Santa Clara-a-Velha é um espaço único, com uma identidade muito própria e com uma história fascinante, que reflecte o bom que se faz entre nós em matéria de valorização e recuperação histórica e patrimonial. Além disso é um espaço que nos remete para a figura da sua fundadora, a Rainha D. Isabel de Aragão, e para os amores de Pedro e Inês.

Uma magnífica prenda de Natal. A não perder!

Nota: Como nem tudo são rosas, mesmo tratando-se de um edifício fundado pela miraculosa Rainha Santa, o site oficial ainda está, digamos..., "submerso". Temos pena porque estamos em 2008 e monumento sem site é um pouco pão sem sal. Mas como será a Quinta das Lágrimas a explorar a cafetaria, este será pormenor rapidamente resolvido.

13 de dezembro de 2008

O poder dos quatro elementos


El Puente, Sanábria (ES) © VJ, Dez. 2008

Como definir Sanábria? Diria que se trata de um lugar inquietante e misterioso, particularmente nesta época do ano, encantado por montanhas, bosques e lagos, onde a Natureza de confunde, se reinventa e se harmoniza num ritual místico quase perfeito. Em alguns momentos lembrei-me da Escócia, não faltando o grande lago para imaginarmos uma versão ibérica do Loch Ness... Gostaria de voltar, de preferência no início do Outono, há muito para ver e para caminhar por ali, e fica tão perto, a meia hora do Parque de Montezinho e de Bragança.
De todas as fotografias que tirei escolhi esta por conseguir sintetizar as cores daqueles tranquilos três dias sanabreses. O castanho das árvores, o cinzento escuro do xisto e do granito, o azul do céu, e o branco da neve, numa conjugação curiosa dos quatro elementos: terra, ar, água e fogo. Este último, espelhado na inegável sacralização deste espaço.
Em Sanábria eu diria que se sente e se vive, antes demais, a força da Terra!

11 de dezembro de 2008

Aniki-Bobó



Digam o que disserem da sua estética cinematográfica, e eu sou o primeiro a dizer que não me agrada, 100 anos feitos a trabalhar é obra e digno de todas as nossas homenagens.
O primeiro filme de Manuel de Oliveira é o meu preferido, talvez o único que vejo com muito gosto, como vi vezes sem conta quando a RTP nos brindava com estes clássicos nas tardes de domingo. Sei os diálogos quase todos de cor... É o retrato de uma época e de um país visto pelos olhos do Carlitos e dos seus amigos, que eram os de tantos outros "pardalitos" que povoavam as ribeiras das nossas cidades, vilas e aldeias.
Parabéns Manuel de Oliveira! Obrigado por este mítico ANIKI-BOBÓ, tantas vezes repetido em jogos de polícias e ladrões...

9 de dezembro de 2008

Fogo Grego


© VJ, Dez. 2008

No regresso de fim de semana deparei-me com as notícias dos graves acontecimentos que têm deixado a Grécia e todos nós em sobressalto. A situação é muito complicada, existem manifestações e confrontos violentos em várias cidades gregas, principalmente em Salónica e Atenas. Algumas ruas e praças da capital têm sido completamente varridas por uma onda de destruição sem precedentes. Muitas lojas, bancos e alguns dos seus hotéis foram palco de chamas, até a árvore de Natal colocada há poucos dias na Syntagma foi queimada. Porquê? Para quê? A indignação pela morte de um rapaz de 15 anos pelo tiro de um polícia foi o rastilho que desencadeou todo este tumulto. Será esta a forma mais correcta de a expressar? Estou certo que não. A razões para esta guerra urbana são mais profundas e complexas, prendem-se com a actual conjuntura de recessão e com o descontentamento de toda uma geração de jovens que têm tudo e não têm nada, e que se refugiam na anarquia e na violência. Precisamos de regressar ao debate de ideias, concordo e marcho por isso também! Mas qual é o ideal de tudo isto? Há alguma coisa que verdadeiramente justifique este procedimento? O Maio de 68 começou assim, nas ruas, em barricadas, mas havia um quadro ideológico em discussão, aqui há o quê?
Queimar por queimar renega o mito de Prometeu que ensinou os homens a usar o fogo. O meu fogo é de paz e de preocupação com aquele país (que deveria ser um exemplo de cultura e de cidadania) e com os amigos lusos que lá vivem. Por ele e para eles aqui fica o desejo que esta imitação muito mal conseguida do mítico fogo grego devolva a paz e o azul à Grécia.

5 de dezembro de 2008

Me voy!


Mosteiro de San Martín de Castañeda © Mauro A. Fuentes, 2007

Ainda a propósito destes dois anos do Ofício e da prometida reflexão. Sabem que mais, vou reflectir e fazer a festa da melhor maneira: viajando! Amanhã faço-me à estrada rumo a terras de Castela e Leão para um fim de semana prolongado longe das preocupações de trabalho, do computador, dos prazos para cumprir e da infindável pilha de livros para ler e analisar, para depois alguma história escrever. O mosteiro de San Martín de Castañeda será um dos locais a visitar da mítica Sanábria, assim a chuva e o nevoeiro o permitam. Até breve e fiquem bem!

1 de dezembro de 2008

2º Aniversário


@ VJ, Santorini (GR), Ago. 2005

Este blogue cumpre hoje o segundo aniversário, e eu nem sequer tenho tempo para lhe cantar os parabéns. Espero que nos próximos dias possa fazer a festa e a reflexão que se impõem. Para já fica a imagem do post com que inaugurei este meu Ofício de Viajante, já lá vão dois longos e preenchidos anos.
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OBRIGADO!!!
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