3 de maio de 2008

A poucas horas do Equador (II)

Depois de cada viagem por terras diferentes tenho o hábito de reler os roteiros que me acompanharam e revisitar com demora as fotografias que fui tirando. Quando se viaja por gosto, como é o meu caso, é raro não nos enamorarmos pelos lugares por onde passamos e dos quais guardamos religiosamente memórias de momentos felizes e dias despreocupados. Difícil mas inevitável é ter de regressar à vida de sempre e deixar no baú das memórias mais um namoro de férias. Numa primeira passagem por essas lembranças recentes seleccionei estas imagens que de algum modo ilustram três dias bem passados numa ilha portuguesa a poucas horas do Equador.

Nesta altura da Primavera algumas ruas do Funchal estão pintadas a tons de azul dos Jacarandás e de laranja-avermelhado das flores de uma outra árvore que tem o nome de Chama-da-Floresta, uma espécie que foi introduzida na Madeira, em 1772, pelo famoso capitão Cook.


O Mercado dos Lavradores: a zona das flores onde também se vendem bolbos e sementes para todos os gostos; as bancas de frutas tropicais, algumas muito esquisitas como a banana-maracujá, com formato de uma banana anã e com o interior semelhante ao maracujá; e o imperdível mercado do peixe monopolizado pelo não menos saboroso peixe-espada.

A subida de teleférico ao Monte, a visita ao jardim tropical do Monte Palace, e a admiração pela perícia dos carreiros que conduzem os carros de cesto numa descida sinuosa de 2 km até Livramonte. Não, não fui porque não me deixaram, para a próxima, irei!



A viagem de carro até Porto Moniz (sitio mágico), começando pelo Curral das Freiras e passando por S. Vicente e Seixal, continuando de regresso ao Funchal, pela ponta do Pargo (a mais ocidental da ilha), pela Calheta, Ribeira Brava e Câmara de Lobos. Deu para perceber a beleza da paisagem e como antes da construção da via-rápida aquelas povoações viviam isoladas de tudo e de todos. A Madeira não é só o Funchal, é uma ilha lindíssima que tem muito para ver e não é em três dias. Deu para perceber que quero voltar...

19 comentários:

Safira disse...

Apesar da minha declarada antipatia pelas estrelícias, partilho do teu sentimento de vontade de regresso. E olha que eu estive lá uma semana, e ainda assim não fiz tudo o que queria. Mas acho que tiveste sorte na época, em Julho há mesmo hordas de turistas e sentes-te um bocado antagonizado quando te diriges aos comerciantes na língua de Camões. Eu não comprei um gelado porque o homem teimava em dizer-me 'what flavour' quando eu claramente lhe pedi um gelado e não um ice cream. Eu nestas coisas, sou lixada. Não me respondam noutra língua a não ser que eu declaradamente esteja a falá-la mal e não me faça entender! ( e não, o tipo não era inglês...eu é que era cubana!)

Gata Verde disse...

Aconteceu-nos o mesmo...deve ser o mesmo gaijo!!!
Mas o que me mais chocou foi termos entrado numa loja e pedirem para falarmos inglês porque não sabiam falar PORTUGUÊS!!!

Tirando estes "pormenores", a ilha é bastante bonita.

Beijocas e obrigada pelas fotos

Rosa Negra disse...

Parece que alguém traz muitas histórias para contar, e imagens maravilhosas para fazer os pobres mortais desfalecer de inveja :P
Só fiquei com uma dúvida: "carros de cesto - não fui porque não me deixaram"???

Gata Verde disse...

E a data é...?????????????

Anónimo disse...

Então meu caro, boa a viagem ao arquipélago, pelo que vejo! Felizes os ares do Sul - as fotos esclarecem e aguçam os apetites. Eu vim de tomar os do Norte - com vontade de seguir...sobretudo hoje, quando o cinzento chuvoso da Invicta convida à partida para dias mais solarengos..Um abraço!

Viajante disse...

Safira:
devo ter tido muita sorte com a época do ano, embora os hotéis estivessem completamente lotados.
Repito que não senti nenhuma espécie de antagonismo por ser português, antes pelo contrário. Aliás, num estabelecimento fui atendido por um jove norueguês que mal percebeu o meu pedigree lusitano meteu o inglês no saco.

Gata:
Ah! Não vos disse mas o Pico do Areeiro e as levadas ficaram a próxima. Foi pouco tempo...
Quanto a datas.... 10 de Junho, faz o favor de também pôr na agenda.

Rosita:
Mente pecaminosa.... :)))
Não, não me deixaram... Não ia descer aquilo sozinho, a estatelar-me contra uma árvore ao menos que alguém me fizesse companhia :))
Que aquilo é giro, lá isso é.

Nuno:
os teus ares do Norte são mágicos e entranham-se na pele. Só os eleitos fazem o caminho das estrelas.
Nunca mais votam em mim, tenho de ver o que se passa lá pelo Olimpo a discussão a meu respeito deve ser bem grande. Certo é que nunca saiu o veredicto. Um grande abraço!

Meggy disse...

Cheguei até aqui através do blog de House of the rising cats... e de morrer de inveja a lista de viagens... para o comum dos mortais, deste jardim à beira mar plantado. Muito boas as fotos, com pormenores muito curiosos.
Meggy

MCG disse...

Tou a ver que ainda trocas Maiorca pela Madeira...
Então para o carrinho de cesto o empurrão não funcionou?
Ficamos ansiosamente à espera da III parte!

Rosa Negra disse...

hummm, a resposta não convenceu :P

Rafeiro Perfumado disse...

Não sei, a última vez que lá estive fiquei um bocado desiludido. Acho que vou esperar que a Madeira se torne independente antes de lá voltar, pode ser que então sejam mais simpáticos... Abraço!

carvoeirita disse...

já estás de volta?
Correu tudo bem?
Nem imaginas o que me ajudou recomeçar esta semana de trabalho com esta musica doce e as fotos magnificas.
Obrigado e um beijinho!!!!

carvoeirita disse...

ps: roubei a receita do meu bolinho daqui: http://www.vaqueiro.pt/receitas/receita_detail.aspx?id=2761

é muito bommmmmmm!já comi umas seis fatias, como diz um certo rafeirote que nós conhecemos fatia menos fatia já não posso ficar em pior estado....
:~

Viajante disse...

Meggy:
Olá, bem-vinda ao Ofício de Viajante.
Vai aparecendo!

Mcg:
Qual quê, teimosia da pura. Não houve empurrão possível.
Bem sabes que eu tenho uma panca por ilhas. Então as do Adriático são espectaculares, isto para não falar das Cíclades, pois que não há amor como o primeiro. Maiorca é naquela base: ambiente mediterrânico, sol, praia, diversão e cultura da boa para quem quiser. Além disso tem um factor muito importante, fazem-se uma férias em grande e muito mais baratas do que noutras paragens.

Rosita:
eu gosto de desportos radicais ;)

Rafeiro:
Qual independente qual quê! Quando o palhaço João encostar às boxes os ânimos vão sossegar.
Confesso-te que não gostei de chegar ao aeroporto e ver APENAS hasteada uma bandeira da região autónoma...

Carvoeirita:
claro minha linda, isto das viagens é tudo muito lindo, mas a malta tem de fazer pela vida.
Obrigado pela dica. Não me digas que o Rafeiro também anda a cravar-te receitas?

mjf disse...

Olá!
Eu também gosto da Madeira...mas o meu cantinho predilecto...é Porto Santo...

Beijocas

Anónimo disse...

Ao viajante do 4A ou 4C, obrigada pelos Parabéns.

Beijinho
p.s. estão lindíssimas as fotos

carvoeirita disse...

não o senhor rafeiro após trinta meses de férias a unica coisa que teve para me dizer foi que o bolo nem inteiro estava..nem sei como não me chamou logo de comilona...enfim..um dia eu dou-lhe o inteiro, mas com um bolo com muito chantili para ter mais gracinha!!!

Viajante disse...

MJF:
Porto Santo não é má escolha, não senhora. Ainda não conheço mas visto do avião aquilo parece-me árido demais ;)

Anónima:
Não é para agradeceres... Sabes, estou zangado com a TAP, obrigou-me a voar na SATA e ainda por cima teve o desplante de me dizer que não tinha direito a crédito de milhas. :-/

Carvoeirita:
não te esqueças dos morangos, também gostamos :)

Sandra Fonseca disse...

Adorei as imagens e o texto que as acompanha. E pude viajar na sua viagem...
Um abraço.

Viajante disse...

Obrigado, Sandra!
Volte sempre ;)
Abraço!