Igreja de Santa Maria de Trastevere,
Roma (IT), Dez. 2007
Sim, a bicicleta ainda estava lá, com aspecto de que ainda serviria para umas belas passeatas pelas praças e ruas do centro de Roma. Podia ter pegado nela, mas pensei bem e optei por a deixar no sítio. Compreendi então que já não me pertencia, eventualmente teria um novo dono, o filme era outro e eu já não entrava naquela cena. Tinha de fazer o caminho de novo, reencontrar-me com a cidade a pé, como se tratasse da primeira vez. E assim foi.
Encontrei tudo como tinha deixado, a padaria do senhor Luigi, o café da Scrofa e da Pace, a esplanada na Piazza de S. Lourenzo in Lucina, as fontes da Piazza Navona e a minha igreja de Santa Maria de Trastevere. Sim, tudo estava na mesma, com a cara mais ou menos lavada, sem dar a ideia que os anos tinham passado. Eu é que já não era o mesmo, encontrei um Viajante diferente, julgo para melhor. Valeu bem a pena a jornada, reencontrei-me com Roma e comigo mesmo, mas num novo filme.
5 comentários:
Bem vindo à tua segunda cidade (".) Tem defeitos, mas também tem os seus encantos...
Ao apreciar as fotos e as palavras que trouxe de Roma, lembro-me das palavras de R. Tagore: «No dia em que a morte bater à tua porta, que lhe ofecerás? Porei diante de minha hóspede o vaso cheio da minha vida. Não a deixarei ir de mãos vazias»... Que bela maneira de preencher o vaso da vida, a viajar. Fazê-lo em qualquer percurso e em qualquer distância é experimentar e glorificar «o dom» dos sentidos na sua plenitude. Abraço de um caminheiro amigo.
Se de alguma coisa estou certo é que definitivamente o meu vaso estará bem preenchido. E este é o meu modo de o conseguir. Eu sou... assim mesmo.
Obrigado, Nuno, pelo seu abraço e pelas palavras de Tagore.
Tens umas fotos muito curiosas. Entre muitas achei esta muito monumental, gostei. O teu blog está interessante. Continua ...
Olá, Afonso: obrigado pela visita e pela opinião. Grande parte da fotos que publico são minhas e quando é assim indentifico o lugar e a data. Como é o caso desta. Mas tenho muitas, muitas fotos "interessantes" tiradas antes da era digital. Tenho pena de não ter tempo para as digitalizar. Mas quem sou eu para falar de fotografia?
Volta sempre.
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