31 de janeiro de 2008

Afectos ou talvez não


Montra de uma loja de Portobello Road, Jan. 2007, Londres (GB)

Flores, mimos... e abraços. Já reparam como hoje em dia damos, ou melhor, não damos um abraço? Geralmente é um gesto rápido e muito tímido. Mesmo entre parentes e amigos próximos o abraço perdeu terreno para o aperto de mão. E então entre casais, já reparam que a partir de um certo tempo de casamento é raro serem vistos de mãos dadas muito menos a darem um abraço?

Qual a razão para tudo isto? Súbitos ataques de timidez? Ou uma enorme falta de naturalidade na maneira como manifestamos e gerimos os nossos afectos?

Gosto de sorrisos rasgados, cumprimentos convictos e abraços apertados.

6 comentários:

Fozeira disse...

Eu gosto disso tudo também mas com o passar do tempo apercebi-me que a minha espontaneidade incomodava algumas pessoas...Já não sou tanto assim...apenas quando estou com pessoas de quem gosto muito e com quem me sinto verdadeiramente à vontade. Errado? Talvez...

será que conseguirei um dia mudar outra vez? Talvez...

Beijinho

Anónimo disse...

"Flores, mimos... e abraços". E colo, muito colo... Que bem que sabe!

Um abraço daqueles...

Perola Luna disse...

Eu fui muito mimada qd era pequenina e como continuo pequenina... gosto de ser mimada!


quem nao gosta?

Viajante disse...

Ju, nada de errado, são os mecanismos de defesa que criamos para vivermos neste mundo cão. Convém é não exagerarmos na altura dos muros de protecção.
Dizes que mudaste. Vais ver não mudaste nada. Talvez baste receberes um sinal certo à hora certa e... temos mulher!

Abraços para vós MCG e Pérola, daqueles ;)

Safira disse...

Olá! Dei aqui um saltinho vinda da MJF e gostei muito deste teu post. É verdade que o 'abraço' e outras manifestações de carinho, que tão sabem, se estão a perder.

Eu ainda sou do tempo em que dar gritos histéricos e saltos para o pescoço de uma pessoa muito querida era um comportamento saudável. Hoje em dia, confesso, com tristeza, também sou mais circunspecta. Mas volta e meia volto aos tempos de criança e pulo para o pescoço mais próximo e grito de alegria. É raro, mas acontece. Felizmente!

Viajante disse...

Olá, Safira, que bom conhecer-te!

Eu gosto de dar abraços e de pessoas espontâneas, dadas e verdadeiras. Gosto de quem gosta de estar, olhar, sentir, conversar, tocar. Enfim demasiados requistos para os tempos de hoje, onde tudo é muito rápido e impessoal.

Abraço ;)