2 de fevereiro de 2007

Mimosas


Em frente de minha casa, esta manhã.

Hoje é dia de Nossa Senhora das Candeias. Se a avó Emilinha fosse viva faria 108 anos! Mantenho a tradição iniciada pela minha mãe ainda em criança, de oferecer-lhe um raminho de mimosas pelo seu aniversário.
Há rituais dos quais não prescindo e este é um deles. Para mim é uma questão de memória e de identidade. Principalmente por nunca ter tido o privilégio de lhas dar em vida. Era ainda pequeno quando ela partiu.
A sua benção minha avó!

6 comentários:

dejalo que va lejos disse...

Aos nossos avós... só conheci os meus avós maternos (Assunção - Costureira e Manel - Sapateiro) lembro-me dos ensinamentos e histórias contadas à lareira de bruxas e gatos que tiravam os olhos aos meninos quando se portavam mal (risos...). Tenho imensas saudades deles!!! Quanto aos meus avós paternos (Lusitana - Dona de casa e Alberto - Empresário) só nas histórias contadas pelo meu pai... Um abraço...

Anónimo disse...

A Senhora das Candeias diz que "se no dia 2 houver sol" o Verão será solarengo. Vamos crer.
Adoro avós velhinhas...as minhas morreram novas, muito novas, mas conheci uma com 60 anos.
Espero ser avó velhinha, também, para contar muitas histórias da vivência.

Anónimo disse...

Que ternura de apontamento.A avó Emilinha, lá aonde estiver,vai ter uma lágrima de agradecimento por esta tua lembrança.Eu que sou avô, sei como estas pequenas coisas contam.

Viajante disse...

Olá meus queridos amigos!

Que pena por não ter tido a sorte de conviver com os meus avós. Esse relacionamento faz uma falta dos diabos! As histórias, as ladainhas, os ensinamentos dados pelo canudo dourado da experiência, o sorriso tranquilo, o "sermão" ponderado, tudo isso é precioso para a formação de qualquer criança.
Eu não me dei por achado, fui arranjando avós pela estrada da vida. Arranjei-me como pude!
Fascina-me a maturidade das rugas. Posso passar horas a conversas com os "meus" velhos. Fico encantado com a generosidade deles, basta dar-lhes um pouco de atenção, ir conduzindo a conversa que lá se encarregam de me levar a viajar...
São as melhores viagens, acreditem.

Anónimo disse...

Hoje fui assistir a uma entrega de prémios a personalidades da região...coisas inventadas como costumo dizer, para´boas para arejar a alma. O último a ser chamado ao palco foi o Prof.Veríssimo Serrão. A propósito de avozinhos...contou-nos imensas histórias em 15 minutos e só tinha 2 para falar. Agradável ouvir 82 anos a falar mesmo que se repitam milhentas vezes. Têm um dom para contar historietas. Juro que também vou ser assim. Os meus netos já me pedem para inentar histórias e dão-me um mote. É bom ser-se velho com saúde.

Viajante disse...

Apesar de não concordar com muitas atitudes do Prof. Veríssimo Serrão, a sua história e estórias são encantadoras, sim senhor. Eu também fico deliciado a ouvi-lo. Recordo alguns episódios divertidos quando dirigia a Academia Portuguesa da História e seguia aquele protocolo académico com extremo rigor.
Sabes, Bruxinha, é da idade, é da experiência e é de pouco se lixarem sobre o que é que os outros pensam deles. Estão soltos, estão maduros, estão livres.